Todos os dias vemos no jornal ou na tevê notícias sobre apreensão de produtos pirateados, geralmente CD´s, Cigarros ou DVD´s e isso transforma a pirataria em uma coisa distante do nosso dia-a-dia e da nossa casa, afinal, não nos afeta não é mesmo?
Mas e se a pirataria estivesse na nossa mesa? Que tal no café da manhã?
Vou contar um “case” do qual participei pessoalmente e que poderá dar uma nova perspectiva ao tema.
No final de 2002 fui ajudar na mudança de um parente e, entre as coisas para carregar encontrei uma embalagem de fermento com lay-out bem familiar mas o nome…. hummm “Jocelito”. Como bom “aficcionado” por marcas que sou, coloquei o tal fermento no bolso e, quando voltei para casa fui analisa-lo com cuidado.
Verifiquei que o mesmo era quase idêntico ao tradicionalíssimo “Fermento Royal”, cores, receita no verso, tudo copiado. Pesquisei para saber qual dos meus colegas cuidava dessa marca, descobri que era um escritório que já conhecia.
Fiz contato e eles me pediram para mandar os dados, fotos, etc… o que aconteceu depois não sei ao certo, mas imagino que eles entraram com processo contra o “pirata”, o que sei é que o produto saiu do mercado.
Mas há outro aspecto neste caso, no verso da lata havia a seguinte inscrição:
“Protocolo MS 19319/99” liguei para a delegacia da ANVISA e perguntei se podia vender produto alimentício só com o protocolo na Agência, fui informado que não, somente com o REGISTRO era permitida a venda, então fui além… perguntei em que “fase” estava o protocolo deles… sabe o que a funcionaria do Ministério da Saúde me disse?
“Desculpe senhor, mas esse número não existe!”
Fiquei pensando: E se fosse veneno dentro do pote? Quem seria o responsável? A quem deveria recorrer? Ao pirata? À empresa que foi pirateada?
A pirataria é muito mais perversa quando envolve alimentos, neste caso poderia chamar de pirataria criminosa, mas existe a “pirataria branca” aquela que imita embalagens ou marcas com intenção de confundir o consumidor, mas não ameaça sua saúde.
Na minha opinião é o caso dos biscoitos “Negritto” que, me corrija se estiver errado: é uma imitação explícita da embalagem do “Negresco” não estou defendendo a Nabisco, mas sim a ética.
O pior é que não só as pequenas empresas fazem esses pequenos “plágios” afinal, quem não se lembra da embalagem de “Amido de Milho Arisco” que era idêntica à da Maizena???
Conclusão? Bem, eu olho atentamente as embalagens antes de colocar um produto no carrinho, e você?
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