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Qual parafuso apertar?

Hoje li um artigo em um importante veículo que – novamente – mencionava como é fácil depositar uma marca no INPI, como é barato e outras facilidades. Deixei um comentário lá, mas não sei se será lido, mas aqui, sei que será.

Obviamente o artigo não mencionou que um processo de registro de marcas mal formulado pode fazer com que ele seja indeferido, o que pode causar a PERDA DEFINITIVA da marca.

Explico: as marcas são analisadas por ordem de chegada, protocolo 1 é analisado antes do protocolo 2 e assim por diante, claro que a lei tem ressalvas que permitem que uma empresa que usa a marca há mais tempo tenha a preferência por uma marca que foi solicitado o registro por outra empresa, mas há prazos rígidos para exercer esse direito, perdeu prazo perdeu a marca – PRA SEMPRE.

Então, vamos imaginar que a marca “X” foi solicitada pela empresa A e alguns meses depois pela empresa B e logo adiante pela empresa C.

As empresas A e B resolveram que não valia a pena gastar uns trocados a mais para fazer esse registro com um profissional, fizeram tudo sozinhas e economizaram, vamos dizer, uns R$ 1.000,00. A empresa C preferiu contratar alguém para fazer o registro e reduzir o risco.

Algum tempo depois do protocolo o INPI identifica um erro no processo da empresa A, ela não consegue resolver e seu processo é ARQUIVADO, a empresa B passa a ter prioridade e seu processo é analisado, também com erros que não podem mais ser corrigidos, ela também tem seu pedido ARQUIVADO, adivinha quem leva a marca? A empresa C, que fez tudo certo.

Claro que há a possibilidade de tudo dar certo para a empresa A ou a B e outros fatores, porém é MUITO COMUM empresas perderem seus processos por erros que um profissional não cometeria e dessas, aproximadamente 40% acabam perdendo definitivamente a marca.

Ah, tem também o fator “tempo”, uma marca leva aproximadamente 1,5 a 2 anos para ser analisada, então, dependendo do erro cometido, você só vai tomar conhecimento dele no final do processo, depois de passar 2 anos investindo na marca… Agora imagine investir por 2 anos numa marca “furada” e depois ter que mudar de marca às pressas!

A minha profissão (de consultor) é, muitas vezes, tão mal valorizada quanto a de advogado, médico, contador e, claro, DESIGNER.

Design/Publicidade

Certa vez um amigo meu foi abordado por uma pessoa que sabia que ele era um respeitável publicitário e a pessoa lhe comentou sobre seu “negócio” e pediu um esboço de um logotipo, prontamente meu amigo “rascunhou” algo… A pessoa olhou e adorou, meu amigo disse que precisaria fazer um trabalho mais completo no seu estúdio, porém, como “rascunho” aquela seria a ideia inicial. O “cliente” perguntou quanto custaria, ele falou um valor compatível com um manual de identidade visual. O cara (cliente) pirou: “Tá maluco? Tudo isso? Tu levou 15 minutos pra fazer esse “deseinho”*!”

Prontamente ele respondeu: “Sou publicitário há mais de 20 anos, então levei 20 anos e 15 minutos pra fazer esse “deseinho”, como você chama.” – Pegou de volta o “rascunho”, virou as costas e foi embora, simples assim.

*”Deseinho” é como o cliente chama o seu layout quando quer desmerecer o trabalho e pagar MENOS por ele, em resumo, É ESTRATÉGIA DO FAMOSO “CHORÃO”! (Não o do Charlie Brown – Esse é show de bola!!!)

Para manter o bom humor, outro exemplo, desta vez uma história usada em palestras e treinamentos, infelizmente desconheço a autoria ou a origem, mas já ouvi várias vezes:

QUAL PARAFUSO APERTAR

Um engenheiro foi chamado para solucionar um problema em um computador de grande porte e altamente complexo. Um supercomputador 70 milhões de dólares. Sentado em frente ao monitor, pressionou algumas teclas, balançou a cabeça, murmurou algo para si mesmo e desligou o computador. Tirou uma chave de fenda de seu bolso e deu meia volta em um minúsculo parafuso.

Então ligou o computador e verificou que tudo estava funcionando perfeitamente.

O presidente da empresa se mostrou maravilhado com a eficiência do engenheiro e perguntou:

– Quanto lhe devo? – perguntou tirando do bolso o talão de cheques

– São dez mil dólares, por favor.

– DEZ MIL DÓLARES???? – berrou o presidente – Dez mil dólares por dois minutos de trabalho? Nem eu ganho isso! Dez mil dólares para apertar um mísero parafuso? Eu sei que meu computador vale 70 milhões de dólares, mas dez mil dólares é uma afronta à minha inteligência! Eu devia chamar a polícia, seu ladrão safado! Mas vou fazer o seguinte: pagarei somente se receber uma nota fiscal com todos os detalhes técnicos específicos que justifiquem tal valor.

O especialista balançou a cabeça concordando e saiu. Na manhã seguinte, o presidente recebeu a nota fiscal, leu com cuidado, balançou a cabeça e preencheu o cheque no mesmo instante sem reclamar.

A nota fiscal dizia:

Serviços prestados

Apertar um parafuso………………………US$ 0,01 Saber QUAL parafuso apertar……………..US$ 9.999,99 Total…………………………………………US$ 10.000,00

Moral da história:

Dizem que não se cobra pelo que se faz, mas pelo que se sabe! Soluções simples resolvem problemas complexos. O que diferencia os profissionais dos amadores é saber exatamente o que fazer! Isso vale para DESIGN e também para o REGISTRO DE MARCAS.
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